Asma e Covid-19: você sabe diferenciar os sintomas?

Apesar de apresentarem sintomas semelhantes, aprender a diferenciar as doenças é importante para o tratamento adequado

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Gabriela Giralt

Considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma das doenças pulmonares crônicas mais comuns no Brasil, a asma é uma inflamação do sistema respiratório que pode causar diversos sintomas, como aperto no peito e dificuldade para respirar. Esses sinais também podem ser observados nos casos mais graves de Covid-19. Mas como distinguir as duas condições?

Embora tenham sintomas em comum, que podem atrapalhar a identificação, como falta de ar, coriza e tosse, as duas doenças tem duas diferenças e exigem atenção para distingui-las.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, o primeiro passo para diferenciar os sintomas de asma e Covid-19 é prestar a atenção se o que você está sentindo se assemelha aos episódios de asma anteriores. É comum um paciente com asma conhecer as características de suas crises asmáticas, por isso, é importante estar atento aos sintomas associados. O sintoma mais preocupante da Covid-19 é a falta de ar, mas, nos casos mais graves, a doença causada pelo vírus vem associada com sintomas como tosse seca, coriza e febre, diferente dos quadros de asma, que não costumam causar febre.

É importante destacar que, com a semelhança entre alguns sintomas, o autodiagnóstico não deve ser feito pelo paciente. Sempre é preciso ter um acompanhamento médico.

Aprenda a reconhecer os sintomas

  • Asma – Quando o paciente apresenta um resfriado, ele tem um broncoespasmos (chiado no peito), tosse seca ou com secreção. Sintomas mais acentuados incluem tosse seca, falta de ar, respiração ofegante, chiado, pressão no peito ou ritmo cardíaco acelerado.

  • DPOC - 90% da causa para esta doença está relacionada com tabagismo. A falta de ar é um dos principais sintomas, podendo ser leve no início e muito intensa na fase avançada. Outros sintomas associdados são chiado e aperto no peito e tosse produtiva ou seca. Apresenta ainda cansaço e perda de peso.

  • Bronquite - O principal sinal é a tosse (seca ou com catarro), mas também pode ocorrer falta de ar, chiado ao respirar, febre e calafrios. Em geral, esse paciente já tem uma tosse contínua e as bactérias acabam infectando essa secreção.

  • Influenza - o paciente pode ter febre, dor muscular, de garganta, coriza. Em geral, dura sete dias. São sintomas muito parecidos com Covid-19, mas o Covid é um quadro mais intenso.

  • Covid-19 - Tem o paciente assintomático e o sintomático. Entre os sintomas, estão: falta de ar, febre, diarreia, dor no corpo e na cabeça, perda de paladar e olfato.

  • Rinite - A doença acomete 30% da população. Também piora no inverno e frequentemente é associada com a asma: é muito comum a pessoa que tem asma, ter também rinite. Os sintomas são espirros, coriza, obstrução nasal. Na maior parte das vezes, a causa é alérgica.

  • Sinusite - Secreção abundante e mais espessa, cefaleia. Dá muito mais tosse do que só a rinite. Mas são patologias independentes. Quem tem rinite, costuma ter sinusite com mais frequência.

Grupo de risco

Segundo estudo publicado recentemente em uma revista da Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia, a asma e outras alergias respiratórias estão associadas a uma menor expressão da enzima conservadora da angiotensina-2 (ECA2), proteína na qual o novo coronavírus se conecta ao entrar no organismo. A hipótese levantada é a de que pessoas que sofrem de doenças respiratórias crônicas teriam respostas menos intensas à Covid-19.

Foram avaliados três grupos, todos com resultados negativos à Covid-19: crianças com alto risco para asma, adultos com rinite alérgica a gato e sem asma e adultos com asma leve, que não faziam tratamento para controle da doença. Como resultado, os grupos que estavam com o tratamento em dia apresentaram uma redução de ECA2. Dessa forma, os possíveis sintomas da Covid-19 seriam menos intensos em casos de pacientes com alergias respiratórias controladas.

Diante disso, os especialistas alertam que pacientes com doenças resporatórias crônicas só estarão em risco se suas respectivas doenças não estiverem controladas. Apesar do resultado positivo apresentando pelo estudo, isso não significa que os cuidados devam ser reduzidos.

Para se protegerem do vírus, pessoas com asma devem seguir as mesmas orientações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, incluindo o isolamento social, uso de mscara e a higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool gel 70%.

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